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Mirando nossas águas: descobrindo nossas nascentes e seus caminhos pela cidade
Apresentação
O programa iniciado em 2010, com o título/slogan “Mirando nossas águas, resgatando nossa história: educação ambiental pelo Rio Piracicaba”, foi desenvolvido por meio de um processo de formação de professores e visita de alunos ao Parque do Mirante, localizado às margens do Rio Piracicaba, onde funciona a sede do Núcleo de Educação Ambiental da SEDEMA. O programa, nessa fase, teve como objetivo trabalhar metodologias de educação ambiental que contemplavam o conceito de bacias hidrográficas e questões relacionadas ao uso racional da água conservação dos recursos hídricos. A partir de algumas dificuldades enfrentadas nos últimos três anos, como a falta de transporte para deslocamento de alunos para as visitas ao Parque, além de problemas enfrentados na dispensa de professores em horário de aula para participar de processos de formação, o programa teve que ser adaptado, considerando possibilidades de levar o programa até as escolas, bem considerar visitas aos corpos d´agua (nascentes, córregos, rios cobertos e descobertos) localizados no bairro onde as escolas estavam inseridas. Diante disso, um novo título/slogan foi criado, nascendo assim o “Mirando nossas águas: descobrindo nossas nascentes e seus caminhos pela cidade”.
Diagnóstico:
Ao longo de 10 anos de experiência do Núcleo de Educação Ambiental – NEA - da SEDEMA na realização de processos de formação de professores na área de educação ambiental, percebeu-se que a abordagem de assuntos relacionados ao meio ambiente, muitas vezes, é realizada de forma fragmentada, sem considerar as relações ecológicas e sociais. O conceito de bacias hidrográficas não é abordado com tanta frequência no ensino básico como proposto pela Política Municipal de Educação Ambiental de Piracicaba – PMEA. As atividades educativas acabam sendo mais focadas em ações de remediação e, quando realizadas ações de prevenção, estão mais direcionadas para o estímulo de bons comportamentos individuais, deixando a desejar o planejamento e execução de ações de estímulo à participação coletiva nas questões de proteção à bacia hidrográfica em sua totalidade. Também se percebeu que o conceito está mais direcionado para o entendimento de que somente as nascentes e corpos d´água formam uma bacia hidrográfica. O uso e ocupação do solo em toda a bacia são poucos considerados nos processos educativos.
Além disso, a partir do curso realizado em 2017 com professores da rede pública, percebeu-se a necessidade de realizar processos de formação não só para professores, mas para qualquer pessoa com interesse em se tornar um agente multiplicador de processos educativos que considerem o conceito de bacias hidrográficas como eixo articulador de projetos de proteção de nascentes, de planejamento e participação em políticas públicas sobre o uso e ocupação do solo. Também contribuiu para o desenvolvimento da proposta o interesse do SESC, em trazer para Piracicaba, o Projeto “Rios Descobertos”, desenvolvido inicialmente em São Paulo pelo Instituto Laborg e o projeto “Rios e Ruas”. Percebeu-se que ambos os projetos poderiam se articular para fomentar a maior participação do público e juntos, organizarem processos educativos que tivesse conteúdos referenciados em educação ambiental e ferramentas virtuais de interação que proporcionassem maior conhecimento sobre microbacias e nascentes urbanas.
No planejamento de atividades para 2019, percebeu-se a necessidade de levar para os bairros, especificamente para espaços educadores como escolas e grupos comunitários, a proposta de conhecer os corpos d´água existentes nos bairros, principalmente as nascentes urbanas e rios que, com o desenvolvimento da cidade, foram sendo canalizados e encobertos pela ocupação urbana. Em Piracicaba, são 37 microbacias que formam o Rio Piracicaba, dentro do território do município, sendo que dessas 12 são consideradas urbanas (Piracicaba, Ceveiro, Corumbataí, Godinho, Guamium, Capim Fino, Tijuco Preto, Dois Córregos, Piracicamirim, Itapeva, Enxofre e Marins).
PROPOSTA:
Dar continuidade ao programa de educação ambiental “Mirando nossas águas” focado no reconhecimento de nascentes e rios encobertos na área urbana do município e, a partir desse reconhecimento, desenvolver processos educativos que estimulem a percepção do pertencimento e promova a adoção de práticas sustentáveis de relação como a microbacia.